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Varíola dos macacos: Com 88 casos, SC está sem previsão de receber medicamento à doença

Superintendente de Vigilância em Saúde do Estado explica que Santa Catarina aguarda informações do Ministério da Saúde
Varíola dos macacos: Com 88 casos, SC está sem previsão de receber medicamento à doença

O Ministério da Saúde recebeu nesta segunda-feira (29) o primeiro lote de tecovirimat, antiviral aprovado para o tratamento da varíola dos macacos. A pasta ainda não informou quando o medicamento ou insumos para fazer testes chegam em Santa Catarina. Já são 88 casos confirmados da doença no Estado, segundo o boletim divulgado nesta segunda pela SES (Secretaria de Estado da Saúde).

No Rio de Janeiro, um homem, de 33 anos, morreu nesta segunda-feira (29) por causa da varíola dos macacos. Ele foi a segunda vítima fatal no país. A primeira morte foi registrada em Belo Horizonte (MG), no mês de julho.

Rogério Ribeiro, representante do Ministério da Saúde em Santa Catarina, explicou que não há informações de quantos antivirais contra a varíola dos macacos o Estado irá receber. O mesmo vale aos insumos aos testes em Santa Catarina.

Medicamento

O antiviral conhecido como tecovirimat, desenvolvido para varíola comum, foi o medicamento adquirido pelo Ministério da Saúde. O remédio foi licenciado pela EMA (Agência Europeia de Medicamentos) para varíola dos macacos em 2022 com base em dados e estudos em animais e humanos. No entanto, ele ainda não está amplamente disponível.

Segundo o Superintendente de Vigilância em Saúde de Santa Catarina, Eduardo Macário, os estudos sobre os efeitos do remédio para tratar a infecção ainda são iniciais.

O Superintendente acredita que o tecovirimat pode ser utilizado tanto para tratamento de casos graves (como o recomendado pelo Ministério da Saúde), como à fase inicial dos sintomas.

“O tratamento na fase inicial diminui o tempo de isolamento. Já nos casos graves ajuda a evitar complicações causadas pela doença, principalmente nos grupos mais vulneráveis como crianças, gestantes e pessoas com algum tipo de imunossupressão (pessoas com baixa imunidade, tanto por doenças, uso de remédios ou procedimentos médicos)”, cita Macário.

De acordo com o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA), o tecovirimat é recomendado ao tratamento em pessoas infectadas com o vírus da varíola dos macacos com doença grave. Outra recomendação é para os casos hemorrágicos, lesões de pele que se juntam uma na outra, sepse (complicações de alguma infecção), inflamação do cérebro (encefalite) e outras condições que requerem hospitalização.

O mesmo site explica que, em estudos com animais, o tecovirimat demonstrou diminuir a chance de morrer de infecções quando usado no início da doença.

O tecovirimat pode ser considerado ao tratamento de pessoas infectadas com o vírus da varíola dos macacos com doença grave ou na fase inicial da doença – Foto: Pfarma/Divulgação/NDO tecovirimat pode ser considerado ao tratamento de pessoas infectadas com o vírus da varíola dos macacos com doença grave ou na fase inicial da doença – Foto: Pfarma/Divulgação/ND

Testes em Santa Catarina

No dia 5 de agosto, o ND+ já acompanhava a tentativa do Estado de realizar exames contra a varíola dos macacos em Santa Catarina. 

Segundo Macário, o processo de licitação para aquisição de insumos para realização de testes diagnóstico para varíola dos macacos no LACEN/SC (Laboratório Central de Santa Catarina) foi concluído. A empresa vencedora pediu um prazo de 30 dias para obter os insumos, que são importados da Alemanha.

No momento, os exames para diagnóstico de varíola dos macacos estão sendo realizados pelo LACEN/RS, já que o Instituto Adolfo Lutz de São Paulo está com sobrecarga de exames.

O Lacen/RS emprestou, na última semana, insumos para a realização de aproximadamente 50 exames, que foram todos consumidos em uma semana. Segundo Macário, o laboratório disse que emprestaria uma quantidade adicional para dar continuidade à realização dos exames.

O Ministério da Saúde não deu previsão de quando enviaria os insumos para os 27 LACENs para realização dos exames em Santa Catarina.

 

Vacinas

No momento, a vacinação é recomendada apenas para profissionais de saúde que têm contato direto com pacientes com a doença ou amostras do vírus. Apesar da informação, o Ministério não informou quando a vacinação começa.

O superintendente afirmou que o Ministério da Saúde não passou previsões de quando os imunizantes serão enviados para Santa Catarina. A informação também foi confirmada por Rogério Ribeiro, representante do Ministério no Estado.

Casos em Santa Catarina

Nesta segunda-feira (29) já são 88 casos confirmados de varíola dos macacos em Santa Catarina. Outros 296 estão em investigação.

Fonte(s): ND+

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