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Moisés cobra Reino Unido por solução de passivo ambiental do carvão em SC

A descarbonização do Sul de Santa Catarina é considerada inevitável para o médio ou longo prazo
Moisés cobra Reino Unido por solução de passivo ambiental do carvão em SC

Ao falar na plenária Governadores pelo Clima, na COP26 em Glasgow, na Escócia, o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, surpreendeu nesta terça-feira ao cobrar colaboração do Reino Unido para soluções do passivo ambiental gerado pelo carvão no Estado. A cobrança foi feita porque, há mais de 100 anos, empresas britânicas foram as que iniciaram a exploração do carvão mineral no Sul do Estado.

 - É muito importante dividir com os países desenvolvidos a responsabilidade de se recuperar áreas degradadas em todo o mundo, especialmente em Santa Catarina. Nós podemos dizer que são mais de 100 anos de exploração, iniciada por companhias britânicas. Elas construíram inclusive a ferrovia (Tereza Cristina) para iniciar esse processo. Depois os governos locais foram tocando essas atividades. O compromisso de reduzir a emissão de gases também envolve a recuperação de áreas degradadas, sob pena de deixar para os governos locais a única responsabilidade de um passivo ambiental que foi gerado por países que tiveram a sua economia baseada nessa matriz energética – afirmou Moisés.

A descarbonização do Sul de Santa Catarina é considerada inevitável para o médio ou longo prazo, caso não seja inventada uma tecnologia que capture todas emissões dessa geração fóssil. O Complexo Termelétrico Jorge Lacerda foi vendido pela Engie Brasil Energia para a Diamante Geração de Energia em meados do mês passado. Se não forem feitas unidades novas, as unidades geradoras terão atividades suspensas quando vencerem os contratos de venda de energia.

Mas a transição exige duas ações: a preparação dos trabalhadores para desenvolver outras atividades e a recuperação de áreas degradadas, que prejudicam a saúde dos seres vivos. No caso dos trabalhadores, será necessária uma ação especial porque o setor emprega cerca de 20 mil pessoas no Estado e a desativação de unidades geradoras significa a suspensão de atividade para todas as pessoas envolvidas no mesmo prazo, apurou a coluna junto a fonte do setor.

O apelo feito por Moisés é importante. Se for atendido, essa transição poderá ser feita, mesmo no futuro, com um impacto positivo para a maioria das famílias. Será preciso encontrar novas atividades e preparar essas pessoas para exercê-las.

Fonte(s): NSC

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