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Vanessa Klein

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Empresa em SC é acionada por assédio eleitoral e discriminação a nordestinos

Ministério Público do Trabalho estadual (MPT-SC) pede, na ação, uma indenização por danos morais coletivos de ao menos R$ 300 mil
Empresa em SC é acionada por assédio eleitoral e discriminação a nordestinos

Um supermercado de Braço do Norte, no Sul de Santa Catarina, foi acionado na Justiça do Trabalho por suspeita de praticar assédio eleitoral contra os funcionários, demitir alguns deles devido a suas posições políticas e promover ofensas xenofóbicas contra trabalhadores nordestinos. O Ministério Público do Trabalho estadual (MPT-SC) pede, na ação, uma indenização por danos morais coletivos de ao menos R$ 300 mil.

Ao NSC Total, o supermercado afirmou não ter feito qualquer desligamento motivado por razões políticas e que não adotará prática deste tipo (leia mais abaixo a íntegra do que diz a gestão do estabelecimento).

Conforme relata a Procuradoria no pedido de ajuizamento da ação, os assédios seriam praticados pela gerente do supermercado, na tentativa de forçar os colaboradores a votarem no presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições deste domingo. Os abusos teriam se intensificado após o primeiro turno presidencial.

A gestora do supermercado também teria dito aos trabalhadores que nordestinos e nortistas vieram a Santa Catarina para trazer pobreza, deveriam escrever a palavra "burro" na testa e se trocam por um prato de comida. Ela ainda teria feito publicação em tom semelhante, em um grupo de WhatsApp, com os funcionários.

Também após o primeiro turno, a gerente teria começado a demitir trabalhadores que não se declaravam apoiadores de Bolsonaro.

O MPT-SC ainda conseguiu obter uma gravação na qual uma suposta encarregada do supermercado anuncia o aviso prévio de um colaborador, atribuindo a decisão ao resultado do primeiro turno presidencial. Ela ainda afirma que, se Lula ganhar no segundo turno, a empresa cortaria mais funcionários.

A gerente teria ainda tentado vetar a publicação de manifestações políticas de subordinados nas redes sociais, ao dizer que o vínculo empregatício seria como um casamento e, portanto, deveria haver sintonia de empregados com o pensamento político da empresa.

"A conduta da empresa — consistente em direcionar o voto dos empregados para determinado candidato — caracteriza flagrante violação de direitos, além de ato discriminatório, violando preceitos Constitucionais e também normativas internacionais ratificadas pelo Estado Brasileiro", escreve o procurador Bruno Martins Mano Teixeira no pedido de ajuizamento da ação civil pública.

O que diz a empresa

Em nota à reportagem, o supermercado afirmou que o número de demissões de outubro está abaixo do que foi visto em meses anterioes, sem eleições. A gestão da empresa acrescentou que os desligamentos e a interrupção nas contratações se devem ao cenário de instabilidade política no país, que exigiria uma política de contingenciamento de custos, e não a opiniões políticas.

O supermercado não fez considerações sobre as outras denúncias presentes na ação civil pública, como as ofensas xenofóbicas, mencionadas em questionamentos enviados pela reportagem.

Fonte(s): NSC

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